O nome Cloro vem do latim clorum, verde. Esse nome é dado devido a sua cor amarela esverdeada no estado gasoso. Foi preparado pela primeira vez em 1774, por Carl Wilhelm Scheele (1742-1786), fazendo reagir ácido clorídrico com dióxido de manganês. Scheele considerava-o como sendo uma substância composta. Quase 40 anos depois, em 1810, Humphry Davy (1778-1829) mostrou que ele não podia ser decomposto e que o próprio ácido clorídrico era, na verdade, um composto de hidrogênio e cloro. Reconhecendo-o como um novo elemento, deu a ele o nome de cloro. Nas condições ambientes, ele é um gás amarelo esverdeado, tóxico, de forte cheiro, poderoso irritante dos olhos e do sistema respiratório. Estima-se que seu teor na crosta terrestre é de 0,13 g/kg. O Cloro livre já foi encontrado em gases vulcânicos, onde é mais comum sob a forma de HCl. O íon cloreto, Cl , é o principal íon negativo encontrado nos oceanos (cerca de 19 g/kg). É também encontrado em mares interiores, como o Mar Cáspio e o Mar Morto e, também, no grande Lago Salgado de Utah, EUA. O íon cloreto está presente nos fluidos dos corpos dos animais, inclusive dos seres humanos. Como ácido clorídrico, ele está presente no suco gástrico, onde o pH pode chegar a ser entre 1 e 2. Industrialmente, o cloro é preparado por vários métodos como: eletrólise de uma solução de cloreto de sódio, NaCl; eletrólise de NaCl fundido etc. Um dos seus principais compostos é o sal comum, NaCl. Uma das duas principais fontes industriais deste sal é o sal de rocha, cujas jazidas são mineradas. Em certos casos, extrai-se o sal de rocha dissolvendo-o em água, produzindo uma solução que pode chegar a ter 25% de cloreto de sódio. Mais conhecida dos leigos, porém, é a produção de sal pela simples evaporação da água do mar e posterior purificação por cristalização. A maior parte do cloro produzido industrialmente é usado na preparação de derivados clorados, tais como tetracloreto de carbono, CCl4 , usado em extintores de incêndio; outros derivados usados na lavagem a seco; e em compostos para a síntese de plásticos, como PVC, cloreto de polivinila, teflon®, borracha sintética etc. Direta ou indiretamente, o cloro e seus compostos são usados no tratamento de águas, para branquear papel e tecidos, na extração de titânio etc. Pode-se assim avaliar que o cloro e seus derivados têm enorme importância na nossa vida. A importância deles vai do humanismo à irracionalidade. O cloro foi a primeira substância usada intencionalmente como arma química. O cloro e o cloreto de carbonila, COCl2, conhecido como fosgênio, foram usados na Primeira Guerra Mundial. O DDT, diclorodifeniltricloroetano, teve um grande papel no controle de pragas e muitas doenças. No entanto, seu uso foi banido, por ser tóxico e de difícil degradação na natureza; hoje em dia, seus resíduos ainda são encontrados em praticamente todos os pontos do nosso planeta. A sua ação trouxe enormes prejuízos ambientais para a flora e a fauna. Os freons®, certos compostos orgânicos contendo cloro e flúor, eram usados como fluidos de refrigeração; entre estes, o diclorodifluormetano, que, apesar da sua grande utilidade, ironicamente, devido à sua grande estabilidade, consegue chegar às altas camadas da atmosfera terrestre e lá participar da destruição da camada de ozônio, causando grandes males à vida no planeta. A necessidade industrial de Na2CO3, para a fabricação de sabões e vidros, deu origem ao processo Leblanc e, consequentemente, à indústria de álcalis e cloro. Dos compostos de cloro, o sal de cozinha é certamente o que tem desempenhado o papel de maior importância socioeconômica.
Número atômico 17
Massa molar 35,453 g/mol
Isótopos naturais

35Cl (75,53%) 37Cl (24,47%)

Ponto de fusão -103 ºC
Ponto de ebulição – 34 ºC
  Artigo extraído e adaptado do site SBQ.

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