A descoberta da radioatividade foi muito importante para o construção do modelo atômico de Rutherford.
Rutherford, estudou o fenômeno da radioatividade e descobriu as três radiações que são a partícula alfa, a partícula beta e a onda gama.
Em seus experimentos, ele submeteu uma amostra radioativa a um campo elétrico positivo e negativo e percebeu o seguinte:
– Uma radiação se desviava no sentido do pólo positivo e, portanto, teria carga negativa: essa é a partícula beta
– A outra radiação se desviava para o campo elétrico negativo, logo ela teria carga positiva: essa é a partícula alfa
– A terceira não desviava nem para o campo positivo e nem para o negativo: é a onda gama
Outra observação foi em relação a trajetória das partículas. O desvio da partícula beta era bem maior que o da partícula alfa. Isso pois, a partícula alfa era mais pesada, ou seja, sua massa era maior e, portanto, seu desvio era menor.
Contudo, Rutherford queria provar que thomson estava correto. Para isso, ele bombardeou uma folha do ouro (com espessura extremamente fina) com radiação proveniente do núcleo radioativo do polônio. Ele considerou que as cargas dos átomos, estariam distribuídas uniformemente pela esfera e por isso não existiria regiões com concentração de carga positiva ou negativa. Sendo assim, esperava que quando a partícula alfa, atravessasse próxima ao átomo (folha de ouro) nada aconteceria ou teria um desvio muito pequeno. Mas não foi isso que aconteceu! Um pequeno número de partículas alfa ao serem disparadas contra a lâmina de ouro começaram a sofrer desvios.
Logo, Thomson estava errado, pois se as cargas estão se desviando é porque existe concentração de cargas. Então foi criado um novo modelo atômico de Rutherford, conhecido como planetário, pois imita o nosso sistema solar.
Com isso, ele dividiu o átomo em duas regiões bem distintas o núcleo e a eletrosfera. O núcleo é a menor região do átomo, mas que contém a maior parte da massa. Ele é carregado positivamente e essas cargas positivas são chamadas de prótons. Já as cargas negativas, os elétrons, estão presentes na eletrosfera, região maior com espaços vazios em que os elétrons giram em órbitas circulares ao redor do núcleo. Desta forma, temos que como a maior parte do do volume do átomo é constituído por espaços vazios, a maioria das partículas alfa atravessavam a folha de ouro sem sofrer desvios. Mas algumas partículas alfa eram desviadas, pois o núcleo é positivo e assim, as repeliam devido a sua carga que também é positiva. Já as que se chocavam diretamente com o núcleo, eram defletidas para trás.
Temos então um novo modelo atômico em que os elétrons giram em torno do núcleo. Mas existia um problema! O núcleo não poderia ser composto apenas por cargas positivas, visto que, elas se repelem. Deveria existir então, uma terceira partícula. E foi o cientista James Chadwick quem a descobriu, uma partícula sem carga mas que possui massa parecida com a dos prótons, chamada de nêutron.
ATENÇÃO: A massa do próton é igual a 1 e a massa do elétron é 1824 vezes menor que a massa do próton. Por essa razão, a massa do elétron será desprezível nos cálculos.
QemA