Fala, Gás Nobre, tudo bem?

Cada vez mais, temos falado da importância do feminismo e de buscarmos tornar nossa sociedade mais igualitária nas oportunidades para homens e mulheres. Entretanto, os números ainda não refletem esse debate: a ciência e o espaço acadêmico em geral ainda é pouco ocupado por mulheres – sobretudo as mulheres de grupos minoritários, como negras e indígenas.

É bem mais difícil que as mulheres alcancem destaque do que os homens na área, e elas apenas conseguem isso se esforçando e resistindo muito mais do que a maioria dos homens precisam fazer para atingir o mesmo grau de reconhecimento.

Por isso, neste post trazemos algumas das mulheres da ciência que se tornaram mais proeminentes em seus campos de estudo – e, felizmente, existem muitas mais, estudando e trabalhando todos os dias para aumentar seu conhecimento e levá-lo a mudar a vida de muitas pessoas. Acompanhe nossa lista e boa leitura!

10 mulheres da ciência que você precisa conhecer

1. Ada Lovelace (1815 – 1852)

A inglesa Ada Lovelace foi a única filha legítima de Lord Byron, um dos mais conhecidos poetas britânicos de todos os tempos. Mas ao contrário do pai, que Lovelace nunca chegou a conhecer, ela seguiu mais a área das exatas (embora também tenha sido escritora).

Com 17 anos, Lovelace começou a se corresponder com Charles Babbage, criador de uma calculadora mecânica chamada de “máquina diferencial”. Nas correspondências, Babbage falava a Lovelace sobre um projeto ainda mais avançado: a “máquina analítica”, que seria o primeiro computador de uso geral da história.

Lovelace viu bastante potencial na máquina analítica e, em 1834, traduziu do francês para Babbage um memorando sobre o equipamento. No fim da tradução, ela acrescentou um complemento, mais extenso que o próprio artigo traduzido, e em uma dessas anotações ela demonstrava um algoritmo que a máquina conseguiria resolver. Foi o primeiro programa de computador da história, e ela é considerada a primeira programadora.

2. Marie Curie (1867 – 1934)

Marie Curie, uma polonesa naturalizada francesa, é considerada a “mãe da física moderna”, e é conhecida no mundo todo por ser uma das pioneiras em estudos sobre radioatividade. Ela descobriu os elementos polônio e rádio e conseguiu isolar isótopos desses elementos.

Além disso, Curie foi a primeira mulher a ganhar um Nobel e a primeira a receber o prêmio duas vezes: em 1903 em Física e em 1911 em Química. Sendo a única pessoa até hoje a ganhar o Nobel em 2 áreas científicas diferentes (Física e Química).Também foi a primeira mulher a se tornar professora na Universidade de Paris.

A cientista fundou os Institutos Curie em Paris e Varsóvia, que até hoje são grandes centros de pesquisa médica. Durante a Primeira Guerra Mundial, fundou os primeiros centros médicos equipados com aparelhos de raio-X, além de atuar pessoalmente em unidades móveis. 

Marie Curie faleceu aos 66 anos, em 1934, devido a uma leucemia causada pela exposição prolongada a radiação. O elemento químico 97, Cúrio (Cm), foi batizado em homenagem ao casal Curie. Em 2018, Marie Curie foi eleita a mulher mais influente da história. 

Leia mais em:
Marie Curie
Marie Curie: A primeira pessoa a ganhar o Prêmio Nobel duas vezes 

3. Rosalind Franklin (1920 – 1958)

Rosalind Franklin foi uma química britânica que deu contribuições importantíssimas para o descobrimento das estruturas moleculares do DNA, RNA, vírus, carvão mineral e grafite. Franklin era bastante reconhecida por seu trabalho com cristalografia de raios-X, onde havia contribuído para o entendimento das estruturas do carvão, grafite e diversos vírus. 

Rosalind acabou não recebendo o devido reconhecimento na determinação de outra importante estrutura, o DNA. Apesar de James Watson e Francis Crick terem recebido sozinhos os créditos pela descoberta da estrutura do DNA, recebendo o Prêmio Nobel de Medicina de 1962, este só foi possível pois tomaram como base o trabalho de Franklin.

De forma póstuma,Watson sugeriu que lhe fosse atribuído um Prêmio Nobel em Química, no entanto, o Comitê do Nobel não faz indicações póstumas. Franklin recebeu o devido reconhecimento pela sua contribuição na descoberta da estrutura do DNA, mas infelizmente não viveu para recebê-lo, falecendo aos 37 anos, vítima de um câncer no ovário. 

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4. Bertha Lutz (1894 – 1976)

Agora temos uma brasileira: Bertha Lutz foi uma das mais importantes biólogas do país. Filha da enfermeira inglesa Amy Bruce Lee e do médico Adolfo Lutz, formou-se em Ciências Naturais na Universidade de Paris como zoóloga especialista em anfíbios.

Além da proeminente carreira científica, Bertha Lutz também se dedicou à luta pelos direitos da mulher. A causa sufragista também a levou a estudar Direito, o que fez com que ela atuasse para aprovação do voto feminino no Brasil, em 1932.

5. Gertrude Elion (1918 – 1999)

Gertrude Elion foi uma bioquímica estadunidense especialista no desenvolvimento de medicamentos usados no tratamento de doenças como a leucemia, AIDS e herpes. Também foi responsável pela descoberta e síntese de novos fármacos que permitiram o desenvolvimento de novos princípios de quimioterapia, incluindo o uso de betabloqueadores. Por sua grande contribuição à Ciência, recebeu o prêmio Nobel de Medicina em 1988.

6. Katherine Johnson (1918 – 2020)

Se você já viu o filme ‘Estrelas além do tempo’, deve conhecer Katherine Johnson. A história dessa estadunidense inspirou o filme, e não é para menos: ela trabalhou ao longo de 33 anos na NASA, superando muitos desafios que eram impostos às mulheres (sobretudo negras como ela) dentro da agência.

Johnson começou sua carreira trabalhando como computador humano (uma pessoa que realiza operações matemáticas) e, depois de algum tempo, devido ao seu talento, começou a entrar em projetos mais ambiciosos. Por ser persistente e talentosa, Johnson conseguiu ser promovida a líder de cálculos, e foi incluída em equipes de missões para a Lua e Marte.

Em 24 de novembro de 2015, o então presidente estadunidense Barack Obama incluiu Katherine na seleta lista de 17 estadunidenses que receberam a “Medalha Presidencial da Liberdade”. Nesta ocasião seu nome foi citado como pioneiro de mulheres negras na ciência, tecnologia, engenharia e matemática. 

Em 2016, foi incluída na lista das 100 mulheres mais influentes e inspiradoras criada pela emissora britânica de rádio e televisão BBC. 

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7. Márcia Barbosa (1960)

Mais uma brasileira para nossa lista: Márcia Barbosa é professora titular no Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especializada em mecânica estatística, seu trabalho em que propõe uma explicação para a existência de anomalias na água ganhou destaque internacional e foi agraciada com o Prêmio LÓreal-UNESCO para Mulheres em Ciência em 2013. Em 2019, foi eleita membro da Academia Mundial de Ciências.

Em 2020, foi mencionada pela ONU Mulheres como uma das sete cientistas que moldaram o mundo. Em março de 2020, foi eleita pela revista Forbes como uma das 20 mulheres mais influentes no Brasil. Barbosa é uma ativista pela igualdade de gênero na ciência e incentiva a inserção de mais mulheres e meninas nesta área. 

8. Sonia Guimarães (1957)

A terceira brasileira da lista é da Física, embora seu sonho fosse ser engenheira. Contudo, ao passar no vestibular de física do Mapofei, vestibular criado em 1969 para a área de exatas nas universidades Instituto Mauá de Tecnologia, ela acabou se apaixonando pela área em que atua agora.

Sonia é a primeira brasileira negra doutora em Física pela University of Manchester Institute of Science and Technology. Há 24 anos é professora do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), ingressando no corpo docente quando a instituição ainda não aceitava mulheres como estudantes. 

Seu campo de pesquisa é a Física Aplicada, com ênfase em Propriedade Eletróticas de Ligas Semicondutoras Crescidas Epitaxialmente, e já realizou estudos sobre sensores de radiação infravermelha.

Mantenedora da Faculdade Zumbi dos Palmares, Guimarães trabalha com projetos que envolvem estudantes de áreas carentes e marginalizadas e em projetos feministas, que visem à maior inclusão de mulheres e negros no ambiente acadêmico a fim de reduzir a disparidade racial e de gênero na pesquisa brasileira

9. Chien-Shiung Wu (1912 – 1997)

Geralmente, não conhecemos muito o trabalho de cientistas orientais e, por isso, trouxemos nesta lista o trabalho de Chien-Shiung Wu. Ela nasceu na China e se formou em Matemática, mas foi trabalhar como estudiosa de Física.

Mudou-se para os EUA para dar continuidade à sua pesquisa, desenvolvendo estudos no campo que a levaram a ser convidada, em 1944, para participar do Projeto Manhattan, que criou as primeiras bombas atômicas. Realizou estudos importantes, com destaque em fissão nuclear, criação do Modelo Padrão, e estudo sobre as mudanças moleculares na deformação da hemoglobina causada pela anemia falciforme.

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10. Jane Goodall (1934)

Jane Goodall é uma primatóloga, etóloga e antropóloga britânica. Em 1957, Goodall viajou para o Quênia atrás de Louis Leakey, um famoso estudioso das origens do ser humano. Seu sonho era estudar chimpanzés. 

Em 1960, começou a realizar pesquisas no parque nacional de Gombe Stream, na Tanzânia. Foi lá que foi registrado pela primeira vez o uso de ferramentas por uma espécie não humana –  um chimpanzé batizado de David Greybeard usava talos de capim para capturar cupins e comê-los.

Essa e outras descobertas de Goodall garantiram a ela uma bolsa de estudos da National Geographic Society. Sua pesquisa acabou ajudando a fomentar e popularizar muito do conhecimento que temos sobre chimpanzés hoje. Atualmente, é uma importante ativista da causa animal, e tem um instituto de preservação ambiental com seu nome.

Bônus: Hipátia de Alexandria (370 – 415)

Hipátia é talvez uma das primeiras referências de mulheres da ciência: nascida em Alexandria, no Egito, essa filósofa e matemática desenvolveu estudos de Astronomia, Física e Filosofia. Hipátia é uma das primeiras mulheres documentadas como sendo matemática e era chefe da escola platônica em Alexandria, onde lecionava matemática, filosofia e astronomia. Infelizmente, seu conhecimento foi também a causa de sua morte: ela foi brutalmente assassinada por um grupo de cristãos, que consideraram seu trabalho heresia e a condenaram à morte.

Gás Nobre, espero que este post tenha ajudado você a conhecer melhor algumas das mulheres da ciência mais brilhantes que tivemos e temos! E se você quiser um auxílio no seu processo de estudo, venha estudar com a gente e realize seu sonho de cursar uma faculdade!

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