O cérebro, com a ajuda de hormônios e neurotransmissores comanda o que acontece no nosso corpo. Você já sabe tudo sobre esse órgão? Não?  Depois de ler esse texto vai saber mais um pouco, fica confortável aí nessa cadeira que eu vou te contar o que você não sabe sobre o seu cérebro. 

Ele sempre está ativo 

Quando você dorme você descansa, mas o seu cérebro não. Ele está sempre ativo. Você ainda precisa respirar, seu coração precisa bater e o sangue precisa circular. O cérebro está dividido em quatro partes, os lobos, e cada um é responsável por uma “atividade” específica. 

O lobo frontal é o que nos torna humanos, ele é responsável pelos processos cognitivos, pelo nosso racional. Então quando você tem que decidir entre ver um episódio de Sex Education ou uma aula de Estequiometria do prof. Paulo Valim e a sua escolha é a segunda é o seu lobo frontal te ajudando a tomar a melhor decisão. 

Temos também os lobos temporais processam informações associadas aos sons, incluindo a língua que ouvimos e contribuem para a o processamento de memórias. Os lobos occipitais estão envolvidos no processamento das imagens captadas pelos nossos olhos. 

Ele está sempre recebendo informações 

Nosso sistema nervoso sempre está recebendo informações e enviando também. Há duas vias principais de informações: as sensoriais que sempre chegam e as motoras que sempre saem do cérebro para outros locais do corpo. 

Quer entender isso melhor, você acha que todos os movimentos que faz você percebe? Ou então que reconhece todas as sensações que estão chegando ao seu corpo o tempo todo? Por exemplo, você está sentado em uma cadeira agora, se eu não chamasse a sua atenção para isso você não notaria que o tecido da cadeira está em contato com a sua perna e isso gera uma sensação, certo? Ou então, você senta com a coluna reta (pode se endireitar agora mesmo, Gás Nobre hehehe) e faz isso sem perceber, isso se deve ao fato de que nem sempre tomamos consciência de tudo que acontece, mas ainda assim nosso corpo recebe e responde a alguns estímulos. 

20% do nosso sangue vai para o nosso cérebro 

Sabe aquele soninho que bate depois do almoço, uma certa dificuldade de continuar com as nossas atividades? Depois que a gente come aquele estrogonofe gostoso parte do sangue que estava circulando nos órgãos do nosso corpo acaba indo para o sistema digestório, e o cérebro não fica fora dessa. O fluxo sanguíneo e o gasto energético fica maior nos órgãos que participam do processo digestivo, por isso sentimos sono e uma sonequinha pode ser bem vinda. 

Em média o cérebro recebe de 15 a 20% do sangue que circula pelo corpo, ou seja, a cada batimento cardíaco aproximadamente 14 mL de sangue são entregues para as células nervosas do órgão.  Isso é muito importante para que o abastecimento de gás oxigênio se mantenha normal. Essa substância é essencial para a respiração celular, sem o gás oxigênio as moléculas de glicose não são convertidas em ATP (molécula de energia) que é essencial para o funcionamento das células. 

Uma cirurgia no cérebro não dói 

Já viu o vídeo da mulher que durante uma cirurgia no cérebro está tocando violino? Parece inusitado o fato de que alguém pode estar enfrentando uma cirurgia no cérebro e ser capaz de tocar uma música, certo? Mas isso é possível por que no cérebro em si não temos receptores para dor, os nociceptores. 

No começo da cirurgia a pessoa precisa estar anestesiada, caso contrário sentirá dor ao ter a pele, o crânio e as meninges cortadas. Quando essa primeira etapa do procedimento está concluída o efeito anestésico pode ser reduzido, isso costuma ser feito quando a operação envolve as áreas funcionais do corpo como visão, fala e movimento.  

Já pensou que aventura, saber que uma equipe médica está mexendo em seu cérebro enquanto você está acordado e consciente? Essa é uma experiência que eu não faço questão de ter. 

Dano cerebral pode mudar quem você é 

Você já ouviu falar sobre Phineas Gage? Ele trabalhava na construção de uma estrada de trem e um acidente aconteceu, uma barra de metal atravessou o seu cérebro, mais precisamente na região do lobo frontal.  

Após o acidente e a remoção da barra ele passou a se comportar de uma maneira considerada socialmente inadequada, seu comportamento passou a ser infantilizado, desrespeitoso e impulsivo.

Muitos anos atrás, na psiquiatria, utilizava-se o recurso da lobotomia para tratar problemas psiquiátricos, como por exemplo a depressão. Em 1935 Egas Moniz, neurologista e psiquiatra, foi o primeiro a realizar esse procedimento no cérebro de pacientes. Os efeitos colaterais do desligamento do lobo frontal do resto do órgão resultava na morte de 6% dos pacientes e mudança de comportamento, personalidade  e interação social nos sobreviventes. Moniz ganhou o prêmio Nobel de medicina pelo desenvolvimento do procedimento, mas em 1967 a prática foi erradicada.

Lá no primeiro item a gente falou sobre o lobo frontal e sua função cognitiva, tá lembrado?  Ele que ajuda a gente a distinguir o que é certo do que é errado, o que é um comportamento socialmente aceito do que não é. 

E aí, Gás Nobre nada melhor que a gente aprender ciência com fatos curiosos, certo? Agora conta para mim, você achava que quando dormia o seu cérebro desligava  completamente? 

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