Fala Gás Nobre, aqui no Ciência em Ação já falamos bastante sobre a radioatividade, os pesquisadores por trás da sua descoberta, algumas de suas aplicações e acidentes, mas hoje, iremos falar do resíduo gerado pelo seu uso, o Lixo Nuclear.
Veja mais em nossa Websérie sobre Radioatividade.
O lixo nuclear, também chamado de lixo atômico, é todo resíduo proveniente de processos nucleares. Ou seja, os materiais radioativos produzidos e gerados por usinas nucleares, laboratórios de exames clínicos e de pesquisa médica e científica, que não possuem mais aplicação prática, ou seja, necessita de descarte.
Esses resíduos apresentam perigo para praticamente todos os seres vivos e ao meio ambiente e por isso, faz-se necessário que exista uma maneira correta de realizar o descarte destes materiais.
Atualmente existem classificações quanto ao perigo que o resíduo oferece e a quantidade de radiação irradiada pelo mesmo. Mas e como era feito antigamente?
A radioatividade foi descoberta por Antoine Henri Becquerel em 1896. Já no ano seguinte, o casal Curie começa a desenvolver pesquisas em conjunto com Becquerel. E em reconhecimento aos esforços e descobertas de diversos fenômenos da radioatividade, os 3 cientistas foram laureados com o Prêmio Nobel de Física de 1903.
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A Vida de Pierre Curie
Desde então novas aplicações da radioatividade foram surgindo, sendo empregada na geração de energia, na medicina, na geologia, na paleontologia, na arqueologia, na química, na física, para fins bélicos, entre outros.
No início, pouco se sabia dos riscos de trabalhar com a radioatividade. A própria Marie Curie, que dedicou sua vida aos estudos nesta área acabou morrendo vítima de uma doença ocasionada pela exposição prolongada à radiação.
Para ter uma noção, os objetos de estudo de Maria Curie, continuam emitindo radiação mesmo após mais de 80 anos de seu falecimento, sendo necessário o armazenamento dos mesmos em contenções de aço e chumbo.
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O caderno de Marie Curie ainda precisa de uma caixa de chumbo
Mas, o que é o lixo nuclear?
O lixo nuclear são todos os resíduos radioativos gerados pelas usinas nucleares, pelos hospitais e pelos laboratórios de pesquisa que devem seguir rigorosos procedimentos de descarte e/ou armazenamento.
A maior porcentagem do lixo nuclear inclui os produtos oriundos do uso de urânio ou plutônio em reatores nucleares, além de equipamentos hospitalares, como aparelhos de Raios-X, por exemplo.
Dentre as principais fontes geradoras de resíduos radioativos, podemos citar:
– Usinas nucleares: Resíduo de urânio do processo de fissão nuclear;
– Armas nucleares: Fabricação, manutenção e desmonte de armas nucleares;
– Hospitais: Equipamentos de exames clínicos e tratamentos médicos (Raio-X, Radioterapia);
Classificação dos Resíduos Radioativos
Denomina-se lixo radioativo todo material que pode emitir radiação, sejam eles de fonte naturais ou por irradiação. Por exemplo, uma amostra do elemento é material do tipo que possui radiação própria, já o caderno de Marie Curie é um exemplo de material irradiado.
Esses materiais podem emitir radiação através de elementos radioativos como urânio, rádio, iodo, potássio, césio, tório e carbono.
Como citado anteriormente, pouco se sabia dos riscos do uso destes materiais, o que ocasionou o descarte inadequado do mesmo por anos.
Um exemplo de descarte inadequado destes materiais foi o caso de Goiânia, onde uma ampola de uma máquina de Raios-X contendo Césio-137 foi encontrada em um ferro velho comum. Os catadores ficaram fascinados pela cor azul e o brilho emitido pelo Césio e levaram para casa o material.
O resultado foi um dos maiores acidentes radioativos do mundo, com milhares de pessoas contaminadas.
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Além do descarte inadequado, diversos países, com matrizes energéticas nucleares (Europa e Japão), realizaram durante anos o descarte deste material no fundo do oceano, em barris.
Apenas muitos anos depois, com a percepção dos riscos, que decidiu-se classificar e realizar uma destinação correta para estes materiais.
Esses resíduos são classificados de acordo com o grau de nocividade que apresentam, ou seja, a quantidade de radiação emitida e o tempo que levará para deixar de emitir radiação em níveis nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente.
A grande problemática destes resíduos é que são constituídos de isótopos radioativos que possuem meia-vida muito longas. Ou seja, podem continuar sendo perigos durantes décadas.
Estes resíduos são classificados em:
– Nível de Radiação Baixo: Resíduo sofreu pouca exposição à radiação ou possui vida curta. São exemplos: Roupas protetoras e utensílios utilizados em laboratórios, fábricas, hospitais e usinas;
– Nível de Radiação Intermediário: Resíduo que sofreu maior exposição ou contato direto com material radioativo, como equipamentos, frascos de transporte de material e/ou lama radioativa de usinas ou indústrias de armas nucleares.
– Nível de Radiação Alto: Incluem o rejeito sólido ou líquido gerado pelas usinas nucleares.
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O que é Radiação Nuclear?
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E qual o descarte correto para o lixo nuclear?
O lixo nuclear deve ser descartado e armazenado seguindo várias normas internacionais de segurança. A simples exposição a estes materiais pode acarretar no desenvolvimento de diversas doenças, como leucemia, câncer e a até mesmo a morte.
Muitos destes resíduos continuam emitindo radiação por um certo tempo, fazendo-se necessário o armazenamento correto e seguro destes materiais.
Resíduos de Radiação Baixa ou Intermediária podem ser armazenados em depósitos provisórios ou permanentes. Estes depósitos são revestidos de aço e chumbo, para impedir que a radiação seja emitida para o meio.
Já os resíduos de Radiação Alta são armazenados em piscinas contendo água para resfriamento completamente revestidas e cobertas por camadas de aço, concreto e chumbo.
Um bom exemplo do tempo que esses resíduos necessitam permanecer guardados é o reator da usina nuclear de Chernobyl, que continua emitindo níveis nocivos de radiação mesmo após 34 anos.
Em 2019, o reator da usina recebeu um novo sarcófago de aço, concreto e chumbo, que deve durar pelos próximos 100 anos.
Leia mais em: A História por trás de Chernobyl
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